sábado, 19 de febrero de 2011

Perguntava-me hoje de manhã, quando abri os olhos, qual é o sentido deste blog, agora que Portugal ficou tão longe... E com ele a terrível saudade de aquelas coisas pequenas, quase invisíveis, que enchiam a alma. A saudade das ruas estreitas, das calçadas meio partidas, do cehirinho a sardinha assada entre acordes de guitarra entoando um fadinho em Alfama. A saudade do silêncio do pessoal que passeia Lisboa, do barulho do eléctrico, da luz do pôr-do-sol lá em cima no castelo, da ponte, da minha ponte... A saudade do Tejo que muda as suas cores consoante as cores do céu, do céu, das núvens, e da chuvinha eterna de Lisboa. Saudade dos sonhos em português, dos pensamentos em português, do bater do coração português, mais calmo, mais pausado, quase a aquele ritmo perfeito que te permete avançar sem deixar de contemplar as coisas, pequenas coisas... Saudades, saudades tuas, e dela e da lua dourada através da janela, e do nevoeiro que abraça, e de tantas coisas, tantas...

Portugal é diferente, sim senhor, assim como eu sou.

martes, 15 de febrero de 2011

Hoje vinha cá para publicar uma foto que não tem descrição possível. Mas mudei de idéia. Fica este fado que tinha pendente, quase canção, de uma beleza também indescriptível. E fica tudo em português, para não te dar trabalho com o tradutor, para perceberes bem ;-) É quase feito para os ilheús... (A foto fica pendente, para algum dia, qualquer dia...)

jueves, 10 de febrero de 2011

"De tant en tant, aixeco el cap i miro cap a la porta de l’església. Avui no ha vingut ningú a escoltar la missa i potser, per això mateix, percebo més que mai el batec de la gent. No mentiràs és un dels manaments que ens guia permanentment en la nostra vida. Les grans mentides i les mentides petites. Les que ens permeten viure en les postres pròpies contradiccions. Durant anys mentim per mantenir les nostres il.lusions. Encara que sapiguem que només són això, il.lusions. No ens adonem, que de vegades, seria molt més senzill jugar net, i molt menys dolorós. Però som incapaços d’afrontar la nostra pròpia veritat. Fugim del dolor, mentim, ens refugiem en excuses. Som sers contradictoris, imperfectes, capaços de les accions més absurdes. Només de vegades, quan no tenim més remei, emprenem accions necessàries, valentes, accions que ens marquen per sempre. Ara l’església es buida, la missa no s’ha celebrat. Aneu-vos-en en pau."

 Un mossèn qualsevol

sábado, 5 de febrero de 2011

domingo, 23 de enero de 2011


Dulce Pontes - Porto de mágoas

jueves, 20 de enero de 2011

Si tornes

Repetiré el teu nom i el meu també.
Me'ls diré en veu molt baixa, com un prec
o, tal volta, un conjur.
De sobte et sento
molt a prop i el temor m'immobilitza.
Ets dins meu? Et perdré, potser, si em moc?

Em tanca els ulls un calfred i et contemplo
com a través dels vidres enllorats
d'una finestra.
Pren-me tot, si tornes.

M. Martí i Pol

domingo, 9 de enero de 2011

martes, 4 de enero de 2011

"¿Qué será de mí, ahora que tengo 
toda la sal del mar en la garganta
y estos celos terribles de que el agua
me la robe por siempre?"

martes, 28 de diciembre de 2010

take a chance on me...

miércoles, 22 de diciembre de 2010

Conversación de rutina

La vida tiene un precio aquí en Lisboa.
Miserable si quieres, pero dulce.
No podía ser otra la rutina,
el tono melancólico
que va adquiriendo la tarde.
Dentro de un tiempo recordarás, extraño,
estos días de calma y paciencia,
el miedo a estar solo por las calles
sin tabaco, sin rumbo, sin dinero.
Amores que la ciudad te ofrece,
mañana tendrán un aire distinto,
más herido e inútil, más sincero.
Ondulante, este tranvía conduce al río.
Allí nadie te espera ni despide.
Te pones a mirar los barcos
y los ojos te delatan como niños.

M. Escolano

domingo, 19 de diciembre de 2010

quero ir ao mar

das minhas nuvens...

sábado, 18 de diciembre de 2010

 "Si no nos entendemos por lenguaje, entendámonos por amor."
 
R. Llull

viernes, 17 de diciembre de 2010

Saber que hi ets,
com la mar als meus ulls,
encara que no et vegi,
...que allà on els dits s’acaben
em neixen els teus dits:
en el teu cos em torno
un objecte d’amor,
en el teu ventre hi ha
les onades dels somnis.

Saber que hi ets,
saber-ho sempre:
i no tenir-ne prou,
i no anhelar res més.

Saber que hi ets
i que amb tu puc sentir
la força de l’oblit
sense desesperar-me,
el dia desvetllant-se
i celebrar-ho amb goig.

Saber que hi ets,
que dins de tu em retrobo,
que en els teus pits de seda
i en els teus ulls tan càlids
hi ha escrits,
un a un,
els meus dies.
 
C. Duarte

sábado, 11 de diciembre de 2010

Musicando...

jueves, 2 de diciembre de 2010

Último fado



Triste mas linda, muito linda, a última noite em Alfama. Vou ter saudades das tuas ruas molhadas, do cheiro a sardinhas assadas, da brilhante escuridão dos becos e as escadinhas, dos teus azulejos partidos e velhos, das guitarras e as vozes que lá longe se escutam tocar e cantar à vida, ao destino, ao amor, dos fadistas andar de casa em casa, sempre a sorrir, da irremediável saudade que enche-me as veias isto tudo... até me tocar o coração...
Se nada acontece, este vai ser o meu último fado, a minha última aquisição. Os fados são assim: há muitos, centos, milhares de fados, em tudo lado, e quando achas que já mais nenhum te vai surpreender, cá está, mais um, que te abate e mesmo assim, não sabes deixar de ouvir... O dia que eu regressar, vou-te cantar esta valsa porque no fundo, fomos amantes... Entretanto, não peças que a vida te apague do fundo de mim, e reza, reza por mim, Lisboa...