domingo, 24 de enero de 2010

Tinha esquecido completamente aquela sensação prévia a um exame, aquela grande estupidez de não fazer nada até o último dia, como se sempre houvesse mais tempo, ainda mais. Aquela vontade de mandar isto tudo ao caralho, aquela vergonha de ir lá sabendo que não sabemos nada, e que aquilo que sabemos para nada serve. O esquecimento total, o vazio da memoria, a dúvida constante no estómago, nos olhos, e nos dedos... Mais uma vez a incerteza dos 'porqués'... E ter que acordar cedo, mas tão cedo! O que dava por ter despachado já isto meu deus, o que dava...

Edito (26.01.2009): Está feito. E não me enganei com os 'porqués' porque não havia 'porqués'. Desta vez foi se calhar um bocadinho pior, quase tanto como dizer 'três vezes três, dez'. Mas não faz mal. O engano faz parte do jogo, assim como a dúvida até saber o resultado. O melhor foi ouvir mais uma vez o silêncio da madrugada, o amanhecer lá longe nas oliveiras do Alentejo, a lembrança dum caminho já percorrido, já... Em catalão se diz: 'en el pot petit hi ha la bona confitura', que sem ser literal vem a dizer que aquilo pequenino, aquilo que quase passa desapercebido, é onde a gente encontra tudo o melhor.

2 comentarios:

Anónimo dijo...

Como se puede hacer un problema de algo tan insignificante?

Portugal is different dijo...

Acho que não disse que isto fosse um problema. Trata-se duma sensação, para perceberes melhor, o sentir dum momento, dum instante.